Casal de missionários preso na África
O senador Magno Malta (PR-ES) registrou no dia 13 de novembro, em discurso no Senado (assista abaixo), a prisão de dois missionários brasileiros no Senegal. O pastor José Dílson da Silva e Zeneide Moreira Novaes foram presos sob a acusação de acolher e evangelizar crianças de rua sem a autorização dos pais, além de serem acusados de maus tratos. Segundo o senador, eles teriam sido denunciados por cidadãos muçulmanos contrários ao cristianismo. O islamismo é a religião dominante no país.
O pastor José Dílson é o líder do projeto Obadias, enviado à região de Mbur, no Senegal, pela Agência Presbiteriana de Missões Transculturais (APMT). Ainda segundo informações repassadas ao senador, os missionários presos seriam julgados no dia 14 de novembro. O parlamentar se disse intrigado com a rapidez do julgamento dos acusados.

Senador em audiência com o embaixador El Hadji Abdoul Aziz, em Brasília, solicitando providências diplomáticas
Magno Malta declarou que entrou em contato com o presidente nacional da Igreja Presbiteriana, Roberto Brasileiro, e também conversou com o ministro das Relações Exteriores, Antonio de Aguiar Patriota, para encontrarem uma solução rápida para o caso. O senador ainda esteve em audiência com o embaixador do Senegal no Brasil, El Hadji Abdoul Aziz Ndiaye, que se comprometeu em acompanhar a condução do processo.
Em aparte, o senador Walter Pinheiro (PT-BA) manifestou apoio aos esforços para ajudar os religiosos. Ele mencionou caso semelhante na Jordânia, onde um pastor brasileiro preso e condenado à morte foi libertado com a participação do Itamaraty.
Para Magno Malta, a saída dos missionários do Senegal seria uma grande perda para as crianças assistidas. Ele espera que “haja um entendimento do judiciário para que eles permaneçam no país”.
Visita ao Senegal

Presídio de Thiés visitado pelo senador Magno Malta e comitiva oficial brasileira
Segundo o site oficial do senador Magno Malta, ele e os deputados federais, Paulo Freire e Roberta Fonseca, visitaram na carceragem de Mbour, na África, os missionários brasileiros.
A comitiva oficial brasileira na África, pela primeira vez, ouviu pessoalmente a versão do próprio pastor presbiteriano, José Dilson da Silva e da missionária Zeneide Novaes. Por telefone, senador Magno Malta revelou que nada consta contra os brasileiros acusados por pais mulçumanos, mas uma negligência do advogado que não registrou devidamente o estatuto do projeto evangélico na África.
Magno Malta ficou emocionado ao sentir a determinação e dignidade dos missionários pela obra que estão fazendo em um país pobre, que tem cerca de 400 mil crianças abandonadas nas ruas. “É difícil segurar as lágrimas. São inocentes presos no cumprimento de uma nobre missão de paz”, disse.

Senador e deputados no encontro com missionarios brasileiros no Senegal
Pastor José Dilson e a missionária Zeneide foram ouvidos na presença do diretor do presídio. Ambos negaram o ter convertido um menor de idade ao cristianismo. “Com absoluta certeza, a questão religiosa é o motivo principal da prisão, já que a denúncia foi feita por um pai mulçumano”, explicou Magno.
Senador Malta também ficou estarrecido com as condições do presídio de Thiés, que tem capacidade para 400 presos e tem mais de 1.200. “Oramos com os acusados e sensibilizamos o diretor que prometeu fazer relatório em defesa da boa conduta dos brasileiros”, enfatizou Magno.
Para o senador, “trata-se de um crise política religiosa entre Brasil e Senegal, mas a comitiva brasileira não deve colocar mais lenha na fogueira e buscar esperança no parlamento, que será visitado nesta sexta-feira. A comoção entre os cristãos em todo o mundo é grande e temos a responsabilidade de tirar os acusados da cadeia”, finalizou Magno Malta.
Clique aqui é conheça o projeto Obadias no Senegal.
Fonte: Agência Senado e site Sen. Magno Malta
Assista ao vídeo do pronunciamento do Sen. Magno Malta se pronunciando sobre os missionários presos no Senegal: